Ontem tive oportunidade de assistir a mais uma das Conversas que o Observador tem vindo a organizar mensalmente sobre vários assuntos. O tema desta vez foi a cidadania. O próximo será o Turismo, no dia 13 de Outubro, no CCB.
De seguida deixo o texto do Observador sobre essa Conversa, uma vez que tem tudo a ver com o espírito deste blogue.
O que têm em comum um licenciado
em direito, um professor universitário, um padre, uma consultora fiscal e uma
voluntária? A vontade de dar o seu tempo aos outros para construir um mundo
melhor.
Quando olhamos para a cidadania
através da participação política, talvez os portugueses não estejam assim tão ativos.
Nas eleições legislativas de 2011 a taxa de abstenção foi de 41,10%. Nas
europeias de maio do ano passado nem se fala. A taxa de abstenção em Portugal
foi de 66,2%, o que representa a maior marca de sempre. Mas será que a
cidadania apenas de faz de eleições e participação política? O Observador ouviu
cinco histórias de quem, à sua maneira, tenta mudar o mundo.
Isabel Jonet: a voluntária
Formou-se em Economia pela
Faculdade de Ciências Humanas da Universidade Católica Portuguesa, mas desde
1993 que abraçou o voluntariado como forma de vida. Há 22 anos que está na
linha da frente do Banco Alimentar Contra a Fome.
“Acredito que o voluntariado faz
parte da cidadania ativa. Faz parte da minha forma de vida”, explica ao
Observador. Tinha 14 anos quando se deu o 25 de abril. “Nessa altura fazíamos
uma intervenção na sociedade de uma forma mais ligada à cidadania política. As
pessoas devem participar na sociedade seja de que forma for”. E Isabel Jonet
encontrou a sua forma de cidadania ativa tornando-se voluntária.
Para ela ser um bom cidadão é
“acreditar que todos somos co-responsáveis pelo bem comum” e o que a motiva é
“ter a certeza que contribui para mudar o meu mundo e o mundo à minha volta”.
E olhando para o mundo à volta,
Isabel Jonet diz que vê uma sociedade bastante ativa. Por exemplo, quando o
Banco Alimentar começou era só em Lisboa. Na altura havia cerca de “uma centena
de voluntários”. Hoje o projeto cresceu, existem já 21 Bancos Alimentares em
todo o país e o número de pessoas que dão o seu tempo a esta causa ultrapassa
os 40 mil.
Por isso, Isabel Jonet acredita
que existe uma cidadania “muito mais ativa do que os números oficiais revelam.
Os números não espelham a realidade. Há muitas ações e projetos ligadas ao
desporto, à deficiência, à proteção do ambiente, muita intervenção cívica, mas
muitas vezes as pessoas não sabem identificar ou rotular isso como cidadania”.
Isabel Jonet acredita no poder do
voluntariado e na educação para a cidadania. “Acho que as novas gerações estão
mais despertas para a cidadania. Muitos alunos quando terminam a faculdade
fazem um ano de voluntariado e já existem disciplinas de voluntariado. Houve
uma grande evolução”, reconhece. E sublinha o papel dos Bancos Alimentares na
forma como os jovens encaram o voluntariado. “Acredito que quando se desperta
os jovens para a cidadania eles percebem que não é uma coisa complicada”,
afirma. “Os jovens participam muito pela facilidade em que tem em fazê-lo,
colaboram no armazém e nas recolhas. No Banco Alimentar sempre quisemos levar o
voluntariado para as camadas mais jovens. Nos primeiros anos fiz centenas de
palestras em escolas para levar esta ideia de voluntariado jovem. Para desafiar
os jovens a participar. O Banco Alimentar é um dos projetos que mais mudou o
voluntariado jovem em Portugal”.
Além do Banco Alimentar, tem
outros projetos como a Entreajuda, lançado em 2004, que apoia várias
instituições ao nível da organização e gestão, estabelecendo uma ponte entre
quem quer dar e quem precisa de receber. Deste projeto nasceram outro como a
Bolsa do Voluntariado, o Banco de Bens Doados ou o Banco de Equipamentos. Uma
vida de voluntária bem ocupada, mas que ao final do dia faz valer a pena. A
maior riqueza que leva para casa é “ter conseguido cruzar pessoas fantásticas
que encontram o sentido das duas vidas — jovens, crianças, reformados. A maior
riqueza é essa. Todos os dias encontrar pessoas ligadas pela mesma vontade de
trabalhar para o bem-comum”.
Eu sou o presidente da junta
Estava a terminar a licenciatura
em direito quando decidiu candidatar-se a presidente da junta de freguesia.
Estávamos em 2009. Nascido e criado em Campolide, André Couto sentiu que era
hora de fazer alguma coisa pela sua “terra”. “Dá-me prazer dar a cara em prol
da comunidade. Quando me candidatei era muito novo – o mais novo do país – e o
que mais me orgulhou é terem confiado em mim. É sentir que a população me
adotou. Isso dá-me muito gosto e poder devolver a confiança que as pessoas
depositaram em mim”.
Se em 2009 ganhou a junta por
cerca de 30% dos votos, em 2013 dobrou a votação. Um sinal de confiança e de
orgulho. André Couto credita ser possível estar na política sem objetivo de
carreira e fala do seu exemplo: “Tenho licenciatura em direito, um MBA pelo
ISCTE. Tenho uma carreira académica. Tive sempre o cuidado de nunca ser
dependente da política”. Embora reconheça que há “muitas pessoas que estão na
política e que não procuram alternativa”, André Couto diz ser “possível fazer
um percurso independente. Cada um fazer um percurso próprio”.
Campolide tem uma população de
cerca de 15 mil eleitores e cerca de 20 mil moradores, uma comunidade com
características muito próprias. “É uma freguesia com problemas específicos. Tem
de tudo. Zona nova com condomínios de classe alta, zona de classe média
envelhecida e bairros sociais com população carenciada. Requer diferentes tipos
de ação para diferentes tipos de públicos”.
Sempre que pode gosta de envolver
a população nas decisões, promovendo pequenos referendos locais, como foi o
caso da substituição de parte da calçada portuguesa na freguesia. Sobre esta
questão André Couto deixa claro que “nunca esteve em causa a substituição
integral. Foi uma questão de substituição em pontos específicos, zonas onde
havia muitos acidentes. Também fizemos um referendo sobre o que fazer a um
terreno baldio e a população escolheu um espaço verde em vez de um
estacionamento”. É que nesta coisa de gerir a coisa pública o jovem autarca é
assertivo: “Como gestor público tenho um orçamento limitado, e quando tenho
dúvidas prefiro perguntar às pessoas porque são questões que dizem respeito às
pessoas. Com isso estou a garantir que esse dinheiro é gasto naquilo que as
pessoas decidem. As pessoas é que lá vivem e depois de eu sair serão elas a
viver com as obras deixadas. Acho que é importante chamar as pessoas a
decidir”.
Polémica à parte, o concurso para
substituição do troço de calçada portuguesa vai ser lançado este ainda mês. As
obras vão começar e André Couto garante que “até final do ano” a obra estará
concluída. “Sou muito realista nas metas, embora haja coisas que não dependem
de nós. Mas prometemos e vamos cumprir”.
Para ele a cidadania é isto: “é
cada um de nós sair do sofá e assumir responsabilidades inerentes ao ser
cidadão. Irmos mais além. Dá trabalho, mas é importante. Quantos mais tiverem
imbuídos desse espírito mais a sociedade poderá melhorar.Muitas pessoas
queixam-se dos políticos, mas ninguém tenta intervir politicamente. Se houvesse
mais concorrência haveria melhores políticos. É mais fácil criticar do que
agir.”
Por isso, o jovem presidente da
junta de Campolide sempre que pode envolve a comunidade e, apesar de achar “que
o direito ao voto tem sido desprezado”, considera que a comunidade em momentos
cruciais une-se em prol de causas, como por exemplo no caso do projeto
ZeroDesperdício ou mais recentemente, quando a Mesquita Central de Lisboa foi
vandalizada após o atentado ao jornal francês Charlie Hebdo, em janeiro deste
ano. As comunidades católica, muçulmana e judaica de Lisboa juntaram-se numa
oração contra o medo e o terrorismo. “Foi um exemplo de cidadania da comunidade
de Campolide. Juntaram-se em oração nos três templos. Foi um exemplo de diálogo
inter-religioso, que juntou grande parte da comunidade. Foi um exemplo de
fraternidade e de apoio”.
Por isso, André Couto diz que
esta “está a ser a grande experiência” da sua vida. Coisas que dão sentido à
vida, como “entrar no supermercado para comprar pão e ficar lá 45 minutos a
falar com as pessoas. Isto é política de proximidade. Conheci muitas pessoas
durante estes anos. Essa a maior riqueza. Olhar para a minha terra e ver que
obras que fizemos que eram necessárias e que estão realizadas. Criamos uma
estrutura de ação social forte, combatemos o desperdício alimentar. Isso é o
mais importante”.
Dar Cristo às pessoas e muito
mais
Tem 42 anos anos e é páraco na
Ramada, em Odivelas, vai para 10. Todos na comunidade conhecem o padre Arsénio
Isidoro e com a ajuda da comunidade conseguiu erguer uma vasta obra. A
localidade da Ramada é conhecida pelo seu centro comunitário paroquial, uma
estrutura com 17 valências e mais de 900 utentes. Para ele a cidadania é “uma
questão de identidade pessoal. É pôr em prática o amor ao próximo”. Trabalha
sem descanso, na paróquia, no centro comunitário e noutros quatro instituições
de apoio a crianças e jovens em risco.
Acredita que o “Evangelho não é
falar, é fazer” e por isso dedica todo o seu tempo à comunidade. “Faço-o pelo
olhar que tenho sobre a necessidade daqueles que estão à porta, daqueles que
precisam de respostas. Pais que precisam de um sítio para deixar os seus filhos
para puderem trabalhar, idosos que precisam de um espaço com apoio, pessoas com
deficiências que precisam de respostas. Na Ramada não estão à margem, estão
incluídas. Crianças e bebés abandonados, que precisam de cuidados de saúde, nós
acolhemos. Somos uma família e juntos vamos contribuindo. É por isso que o
faço. É imperativo”.
Acredita no amor ao próximo e vê
a realidade que o envolve. Por isso, considera que os portugueses são cidadãos
ativos. “Pela minha experiência vejo que os portugueses são gente de bem e de
boa vontade. A cidadania dos portugueses é bastante ativa. As pessoas são muito
solidárias e existe muita fraternidade para com o próximo”.
É preciso espírito de iniciativa
e apelo constante. “Quando o apelo é constante e há iniciativas as pessoas são
generosas. Na Ramada há um maior envolvimento da comunidade no querer fazer o
bem. As pessoas estão mais ativas. Todas as pessoas são sensíveis ao sofrimento
do mundo”.
Mais do que a fé, a cidadania é
“tratar o outro como semelhante. Não tem a ver com a fé. A cidadania é pôr em
prática o desejo do bem”. Acredita que “todos os seres humanos são bons” e que
têm desejo de fazer o bem.
Diz ser preciso educar para a
cidadania, “para uma cidadania de respeito e de construção pela diferença”. “A
diferença é um enriquecimento para a minha fé e é um desafio para construir com
o outro um mundo diferente. A diferença enriquece a humanidade”, considera o
padre Arsénio.
Após uma década dedicada à
Ramada, o padre Arsénio está de partida para a paróquia de Torres Vedras.
Apesar de tudo o que já viu continua a acreditar na bondade do homem “no
respeito pelo próximo, na bondade e que unidos vamos construir um mundo
melhor”.
Sentir que faço a diferença
Desde cedo que teve consciência
da importância de participar na sociedade e dar o seu contributo. Entrou para a
Juventude Social Democrata aos 15 anos, porque sempre acreditou que era
possível estar na política sem se servir dela. Vê na sociedade algum
preconceito de que quem vai para a política é porque quer ter uma carreira.
Margarida Balseiro Lopes mostra o outro lado e diz que “sempre esteve certo na
minha cabeça, desde os 15 anos quando entrei, que a minha prioridade era acabar
o meu curso com boa média, sem ajudas e ter uma carreira profissional separada
da política”.
Terminou a licenciatura em
Direito na Universidade de Lisboa, com média de 15, e fez ainda o mestrado em
Direito e Gestão pela Universidade Católica Portuguesa. “Escolhi trabalhar numa
multinacional. A política é um acrescento, não é um emprego. Sempre quis ser
livre nas minhas decisões”.
Aos 25 anos é assessora fiscal na
Ernst & Young Portugal, carreira que concilia com a secretária-geral da
Juventude Social-democrata. É difícil conciliar as duas atividades, mas quem
corre por gosto não cansa. “Durmo muito pouco. Sou presidente da JSD distrital
de Leiria e secretária-geral nacional da JSD. Temos muitas reuniões,
normalmente à segunda-feira. Isso obriga-me a sair de Lisboa por volta das
20h00 para estar em Leiria por volta das 21h30. Ter reuniões até às três da
manhã, regressar a Lisboa e acordar às sete para ir trabalhar no outro dia. É
preciso um grande esforço pessoal. Tenho de dormir menos”, conta a rir.
O que a motiva? “Ver as coisas a
mudar. Contribuir para melhorar a vida dos outros”. E Margarida dá exemplos
práticos. “A JSD teve há cerca de dois meses um papel muito importante na
alteração ao Regulamento de Atribuição de Bolsas de Estudo do Ensino Superior,
e neste ano letivo que agora inicia haverá previsivelmente mais 5000 mil
famílias que vão ser apoiadas. Isto é uma grande diferença na vida de imensa
gente. Há três anos havia uma norma que suspendia a bolsa caso houvesse no
agregado familiar dívidas contributivas ou tributárias. Havia jovens com bolsa
em que os pais deixaram de pagar o IMI, por exemplo, e os alunos deixaram de
poder ter capacidade para estudar. Estávamos em 2012. A JSD achou que era
intolerável, porque consideramos que a educação é um elevador social e
colocou-se ao lado das associações académicas e conseguimos junto do ministério
da Educação e Ciência e do das Finanças que fosse revogada essa norma e os
jovens voltaram a ter acesso à bolsa. Milhares de jovens puderam melhorar a sua
vida. Mais recentemente fizemos alterações aos Estatutos das Ordens
Profissionais, eliminando barreiras que dificultavam a milhares de jovens o
acesso à profissão para a qual estudaram.”
São exemplos práticos como estes
que fazem Margarida correr. Ajudar a “melhorar a vida dos outros, colocar o
nosso tempo ao serviço dos outros”. Por isso, Margarida Balseiro Lopes acredita
ser possível mudar a imagem que se tem hoje dos jovens políticos através do
exemplo. “É preciso que a política tenha pessoas qualificadas, que deixem de
funcionar apenas nas sedes dos partidos e venham para a rua, no sentido de se
aproximarem das pessoas, das associações e coletividades. É preciso ir ao
encontro da sociedade civil”.
Empreendedorismo social como
veículo para a cidadania
Esteve 15 anos fora do país,
primeiro nos Estados Unidos, naUniversidade de Stanford, e depois em França, no
INSEAD, e veio em janeiro para Portugal liderar a estrutura de missão Portugal Inovação Social. No bolso trouxe toda a sua experiência internacional e no seu
dia-a-dia tenta agir na sociedade através do “empreendedorismo social e através
da educação”.
Acredita ser possível promover a
cidadania através da responsabilidade social. “O conceito de responsabilidade
social está em crescendo junto da sociedade e dos jovens. Por um lado a
cidadania tem que ver com a questão dos direitos e dos deveres. Considero
também útil pensar em termos de identidade, com o bairro onde se vive, com
Portugal, com a Europa, e, por outro lado, em termos de responsabilidade, em
relação a nós e aos outros. Quer seja através de uma intervenção mais política,
mais cívica ou mais social”.
Daí que o empreendedorismo social
possa ser uma ferramenta útil. “O empreendedorismo social é um pouco
desenvolver essa responsabilidade em áreas em que as pessoas gostam mais ou se
sentem mais apaixonadas – por exemplo na área dos jovens, dos idosos, depende
de cada um, depende do público-alvo. Mas a ideia é identificar um problema, que
nos leva a sentir vontade de agir, e que impulsiona o empreendedor social a promover
mecanismos e ecossistemas para resolver determinados problemas”.
Filipe Santos sublinha que
“empreender não é só criar empresas para darem lucro. É lançar iniciativas que
mudam a vida dos outros. Noto que os jovens estão a envolver-se mais para
encontrar respostas para determinados problemas na sociedade”.
E exemplos não faltam de
cidadania ativa através do empreendedorismo social . Filipe Santos fala da
Color Add, um projeto do empreendedor social Miguel Neiva. “Desenvolveu um
código com base nas cores primárias para resolver o problema dos daltónicos.
Este código permite que os daltónicos sejam incluídos pela cor”. Outro exemplo
é o Mundo a Sorrir. “A cobertura de saúde oral pública era muito fraca” e então
“um dentista preocupou-se com esta questão. Criou um projeto, com vários
dentistas voluntários, encontrou parcerias com entidades que forneciam material
gratuito e conseguiu montar uma rede de cuidados básicos de saúde oral quase
gratuitos”.
E outro ainda, o projeto SPEAK.
Uma ideia que nasceu em Leiria, já se espalhou pelo país, e que basicamente
pretende incluir imigrantes através da língua. “É um projeto de inclusão pela
língua, mas muito mais do que isso. Cria uma rede social de apoio, levando a
que o imigrante encontre uma forma de se sentir incluído na sociedade. Já
existem seis núcleos no país e a ideia é criar mais pólos. Para os refugiados
que aí vêm é uma forma de os ajudar e incluir. Alia a inovação do modelo e dá
um serviço que promove a interculturalidade”, explica Filipe Santos.
O presidente da Portugal Inovação
Social acredita que é possível levar a sociedade a ser mais ativa. Isso “que
passa por incutir nas pessoas a responsabilidade aliada à ação.Responsabilidade
em relação aos outros e sempre que vejo que alguma coisa esta errada não basta
estar a queixar-me. É preciso que as pessoas sejam agentes de mudança, que
tenham a responsabilidade de fazer. Vou assumir o problema como meu e agir. É
importante passar a mensagem de responsabilização de todos em áreas que cada um
mais valoriza e se apaixona. Acho que desta forma as pessoas encontram o
sentido da vida – encontram satisfação pessoal ao resolver problemas dos
outros, problemas de todos”.
Acredita que o empreendedorismo
social tem poder e por isso ajudou a escrever o “Manual para Transformar o
Mundo”. Será que é possível mudar o mundo em 10 passos? “Se tiver o tema certo
e conseguir encontrar uma solução inovadora – acho que pode mudar o mundo. É um
desafio grande, mas há ferramentas que permitem resolver problemas e mudar o
mundo. No livro dou os pequenos passos necessários para se implementar um
projeto social com o qual se muda esse mundo”.
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